A PAZ DE CRISTO EM SUA VIDA HOJE E SEMPRE!!
Paulo instruiu seu jovem discípulo Timóteo em relação a isso:
“Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.24,25 – NVI)
NOSSA ATITUDE
A Bíblia compara o ato de repreender ao de ferir, porque é exatamente isto que ele causa em nossa alma: dor. Nossa natureza humana é egocêntrica, autosuficiente, orgulhosa. Se não nos deixarmos ser tratados por Deus, não teremos um coração ensinável.
Meu propósito não é tanto o de ensinar aos crentes como corrigirem uns aos outros, como o é de ensiná-los a aceitar a correção! Como pastor, estou constantemente tendo que exercitar a prática da admoestação, e vejo como é difícil (mesmo quando alguém reconhece seu erro) uma pessoa “engolir” aquele momento. Agostinho de Hipona disse: “Você não teria medo de ser reprovado se não amasse a lisonja”.
Olho para minha própria vida e para os momentos em que eu mesmo tenho sido repreendido, e reconheço: não é fácil. Nosso íntimo reage. Mas precisamos aprender a ter um espírito ensinável, um coração que se sujeita à ministração de Deus através dos irmãos:
“Sujeitando-vos uns ao outros no temor do Senhor.” (Efésios 5.21)
É de suma importância que nos conscientizemos do papel da correção e da repreensão dentro da casa do Senhor. O livro de Provérbios nos dá vários conselhos acerca das formas errada e correta de vermos a repreensão.
Vejamos dois textos de Provérbios que falam da maneira errada de se relacionar com a repreensão: um fala de ignorar a repreensão e outro de odiá-la:
“Quem acolhe a disciplina mostra o caminho da vida, mas quem ignora a repreensão desencaminha outros.” (Provérbios 10.17 – NVI)
“Todo o que ama a disciplina ama o conhecimento, mas aquele que odeia a repreensão é tolo.” (Provérbios 12.1 – NVI)
Agora vejamos dois textos de Provérbios que falam da maneira correta de se relacionar com a repreensão. O primeiro mostra que o prudente é ensinável, pois se abre para a correção; o outro revela que quem atenta para a repreensão lucra com isso!
“A repreensão faz marca mais profunda no homem de entendimento do que cem açoites no tolo.” (Provérbios 17.10 – NVI)
“Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir.” (Provérbios 25.12 – NVI)
CONCLUINDO
Precisamos apreender a ouvir a repreensão. Por mais desconfortável que seja no momento em que a recebemos, devemos lembrar que depois ela produzirá cura e restauração:
“Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados.” (Hebreus 12.11)
Também precisamos aprender a repreender nossos irmãos quando estão em erro. Tenho conhecido tantas pessoas que assistiram a verdadeiros desastres na vida de outros que lhes eram queridos, mas não quiseram falar nada para não se indisporem, para não comprometerem o relacionamento.
Alguns preferem não se indispor, e evitam a repreensão. Porém, não corrigir quem está errado é pecado de cumplicidade. Observe o que a Palavra de Deus ensina sobre isto:
“Não guardem ódio contra o seu irmão no coração; antes repreendam com franqueza o seu próximo para que, por causa dele, não sofram as consequências de um pecado.” (Levítico 19.17 – NVI)
Se meu irmão errou, não posso guardar mágoa contra ele. Na verdade, o versículo seguinte (Lv 19.18) afirma: “Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas amem cada um o seu próximo como a si mesmo”. O andar em amor (e não guardar rancor) envolve repreender o irmão que errou. Quem não repreende e deixa o outro no erro é cúmplice. Quem não confronta, e fica com o coração errado pela falta de concerto, também peca!
O problema não é falar a verdade, e sim a forma como o fazemos. Se falarmos a verdade em amor, seremos melhor recebidos. Se o fizermos num espírito altivo, haverá problemas. Ainda assim, a repreensão será uma ferida. Trará tristeza momentânea. Porém, a cura que dela brotará estará continuamente dizendo: valeu a pena! Dwight Lyman Moody, o grande evangelista, fez a seguinte afirmação: “Os rudes entalhes da repreensão têm o único objetivo de colocar-nos no prumo, para que sejamos utilizados no edifício celestial”.
Precisamos aprender a ser corrigidos. Creio que devemos orar ao Senhor e pedir-lhe um coração ensinável. E por outro lado, além de aprendermos a ser corrigidos, devemos aprender a corrigir. Não podemos assistir o erro e permanecer quietos.
Devemos, por amor ao Corpo de Cristo e obediência à Palavra, corrigir. Confrontos são inevitáveis em qualquer tipo de relacionamento, e na igreja não será diferente. Paulo confrontou Pedro, Barnabé e outros em público, e haverá momentos em que nós teremos que fazer algo semelhante. Portanto, penso que devemos nos preparar em oração para isto também.
E depois de aprendermos a corrigir e ser corrigidos, penso que devemos ensinar nossos filhos, discípulos e liderados a fazerem o mesmo… Que o Senhor nos ajude!
Por Luciano Subirá
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